Serão seis licenças para o uso de programas da Petroleum Express (PETEX), a serem utilizados em aulas de graduação e pós-graduação e pesquisas, inicialmente em temas que analisam a integração entre reservatórios de petróleo e sistemas de produção.
Para fins acadêmicos, a companhia inglesa Petroleum Express (PETEX), que desenvolve softwares de engenharia e geologia estrutural para empresas e universidades em nível global, fornecerá a licença de uso de seis de seus programas (PROSPER, GAP, PVTP, MBAL, REVEAL e RESOLVE) para o Centro de Estudos de Energia e Petróleo (CEPETRO), da Unicamp. A parceria dará aos pesquisadores brasileiros a possibilidade de usufruir, gratuitamente e por tempo indeterminado, de sistemas cujos custos de licenciamento e manutenção ultrapassam três milhões de libras.
Trata-se de softwares muito utilizados na indústria para fazer análises da integração entre reservatórios de petróleo e o sistema de produção. “É necessário fazer uma análise integrada entre esses dois âmbitos fundamentais, a fim de obter resultados mais confiáveis sobre cenários e simulações de produção e verificar pontos onde é possível reduzir a pegada de carbono da produção de petróleo. Isso não é possível de ser feito sem este tipo de software. No entanto, como demandam grandes investimentos, isso condiciona o ambiente acadêmico a quase sempre fazer análises de maneira individualizada”, explica Marcelo Souza de Castro, diretor do CEPETRO.
Os softwares da PETEX serão utilizados em aulas de graduação e pós-graduação ministradas por pesquisadores do CEPETRO na Faculdade de Engenharia Mecânica (FEM) e no Instituto de Geociências (IG), e em pesquisas conduzidas no Centro. Em um primeiro momento, a aplicação deles será feita pelo Centro de Inovação em Produção de Energia (EPIC) do CEPETRO. “Há, obviamente, a intenção de expandir a utilização para outras pesquisas no futuro”, aponta o diretor.
No EPIC, eles serão usados em uma linha de pesquisa sobre integração entre reservatórios e sistemas de produção. Essa linha utiliza o conhecimento e as técnicas desenvolvidas por outras para melhorar a compreensão do comportamento dinâmico dos reservatórios e da conexão com os sistemas de produção. Desta forma, é possível desenvolver metodologias para aprimorar as práticas de gerenciamento de reservatórios baseadas em modelos matemáticos, que simulam como será a produção nos próximos anos.
