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vento celebra convênio entre Shell, FAPESP e universidades paulistas para fortalecer pesquisas em energias renováveis.

No dia 13 de novembro, lideranças acadêmicas e empresariais se reuniram na Unicamp para a cerimônia que oficializou a nova etapa do Centro de Inovação em Novas Energias (CINE). O evento celebrou a assinatura do convênio entre a Shell Brasil, a FAPESP e três universidades paulistas – Unicamp, USP e UFSCar – que financiará 15 novos projetos de pesquisa em fontes renováveis e tecnologias de baixa emissão de carbono.

Na cerimônia, a diretora do CINE, Ana Flávia Nogueira, refletiu sobre os desafios enfrentados pelo centro desde sua criação, destacando o estabelecimento de uma governança eficaz entre diversas instituições e pesquisadores distribuídos por todo o estado de São Paulo. Ela enfatizou a importância da pesquisa fundamental como alicerce da inovação tecnológica, comparando-a à estrutura essencial de uma construção sólida. “Avançar em inovação depende de uma base robusta. Com esse convênio, queremos não apenas criar novas tecnologias, mas também fortalecer a indústria nacional de tecnologia, essencial para a autonomia do país. Além disso, visamos parcerias internacionais para desenvolver o núcleo das tecnologias de transição energética”, afirmou Nogueira. Ela também celebrou o impacto global do CINE, que mesmo com uma equipe enxuta, se destaca por sua excelência científica, a exemplo dos mais de 500 artigos publicados internacionalmente.

O reitor da Unicamp, Antonio José de Almeida Meirelles, destacou a relevância das ações integradas para uma transição energética eficaz e refletiu sobre a oportunidade histórica do Brasil em liderar essa transição, dada sua abundância de recursos naturais renováveis. Ele enfatizou que “o Brasil tem um papel essencial na transição energética, e o CINE está pronto para apoiar a indústria nacional. As parcerias com empresas como a Shell são fundamentais para que as universidades contribuam efetivamente para a sustentabilidade, desenvolvendo tecnologias que fortalecem a posição do Brasil no cenário global.” Meirelles ainda reiterou a importância do envolvimento da academia e da sociedade, lembrando que é necessário um esforço coletivo para que a agenda da sustentabilidade realmente transforme o setor energético.

Alexandre Breda, gerente do Programa de Transição Energética e Baixo Carbono da Shell, realçou o alinhamento estratégico do CINE com as metas de descarbonização, enfatizando a relevância dessa parceria para a Shell e para o Brasil. “A Shell vê o CINE como um parceiro central para alcançarmos nossas metas de descarbonização até 2050. A colaboração é crucial para criar um futuro de energia limpa em alinhamento com as necessidades de descarbonização” afirmou Breda.

Representando o reitor da USP, Osvaldo Novais de Oliveira Junior refletiu sobre as capacidades exclusivas das universidades públicas brasileiras, enfatizando que muitas inovações são possíveis apenas devido ao ambiente colaborativo e multidisciplinar dessas instituições. Ele comentou os desafios enfrentados pela inovação no Brasil, como a dependência de insumos e tecnologias externas, que comprometem a segurança nacional. “Precisamos investir em ciência e tecnologia não apenas para desenvolver soluções, mas para garantir a independência do país em áreas críticas. Nosso grande desafio está em produzir combustíveis sintéticos e outras alternativas energéticas de forma sustentável, assegurando que as descobertas feitas aqui beneficiem o Brasil e possam ser disseminadas globalmente,” declarou Oliveira Junior.

A vice-reitora da UFSCar, Maria de Jesus Dutra dos Reis, agradeceu a Shell pela parceria, reforçando o compromisso das grandes empresas com a responsabilidade social e a importância do apoio da FAPESP para o fortalecimento das universidades. “O papel das universidades vai além do conhecimento; é uma responsabilidade social para com a sociedade,” afirmou Dutra.

A coordenadora geral da Unicamp, Maria Luiza Moretti, também ressaltou o impacto positivo das parcerias entre academia e indústria.“A universidade pública tem o dever de devolver à sociedade o conhecimento produzido e colaborar com a indústria para impulsionar inovações que tragam benefícios concretos. Reconhecemos o apoio da FAPESP como fundamental para o sucesso de projetos de inovação,” concluiu Moretti.

O convênio assinado representa mais um passo para consolidar o CINE como um pilar de referência em energias renováveis e tecnologias de baixo carbono, reafirmando o compromisso das instituições envolvidas em transformar o setor energético nacional e contribuir para um futuro sustentável.

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